quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Então é isso...


Inebriado por esse monstro de mil faces chamado internet, resolvi criar este blog com a finalidade de expor algumas de minhas idéias, paixões e outras cositas mais. Deixo bem claro que não tenho a intenção de discutir política, religião ou futebol, não pelo fato de achar que não são temas a serem discutidos, mas simplesmente por não ter interesse em discuti-los neste canal. Meu objetivo é o de colocar pra fora certos macaquinhos que residem em minha cabeça, falar um pouco de música, talvez de literatura, e divulgar eventos culturais da aldeia Goytacá, escassos, não por falta de índios, mas talvez por haver caciques demais (ou curupiras que assim se entitulam).

Levei muito tempo pra pensar em um título: vasculhei letras de música (de Belchior a Jimi Hendrix), poesias e obras de grandes pensadores, mas queria uma referência de nossa terra, algo que me identificasse como terráqueo-brasileiro-fluminense-campista que sou. Não sou grande fã de literatura brasileira, nem tenho conhecimento vasto na área, mas me lembrei de um livro, um dos melhores romances que já li, obra imortal de um conterrâneo chamado José Cândido de Carvalho. Desde pequeno, quando passava as férias escolares no apartamento de minha avó em Atafona (famoso prédio do Julhinho, hoje em frangalhos pelo avanço do mar), eu passava o olho naquele livrinho de capa branca entitulado "O coronel e o lobisomem", que ficava na estante da sala. Nunca o tirei da prateleira, mas aquilo sempre chamava a minha atenção. E somente aos 30 anos, por influência de uma pessoa muito especial, resolvi abri-lo. O livro não é o mesmo, porém tem a mesma capa com o desenho tosco de um sujeito barbudo em cima de um cavalo, trajando chapéu e roupa branca, com a maior pinta de marechal. Em sua mão direita, uma espécie de espada, em riste, de modo a se defender da sombra de um imenso cachorro negro com garras e dentes prontos a destrossarem-no, tal qual o mar ao velho "prédio do Julhinho".

Foi o primeiro contato que tive com o Coronel Ponciano de Azeredo Furtado, "Oficial Superior da Guarda Nacional (...) natural de Praça de São Salvador de Campos dos Goitacases". Uma variedade de Dom Quixote da Planície Goitacá, que andava por estas terras enfrentando vorazes lobisomens almiscarados, onças de dois metros de altura e cobras de quilômetros de comprimento (até sereia o cabra já botou pra correr). Quando invocado, acendia um de seus charutos flor de ouro, soltava fogo pelas ventas e, de cima de seus dois metros da botina ao chapéu, evocava a fúria de todos os Azeredos e Furtados que o precederam, o que fazia qualquer Godzila parecer uma lagartixa de parede. É, talvez, munido com essa cólera delirante de Ponciano (Ops! Coronel Ponciano!!) que venho desbravar por essas bandas do território virtual.

Então é isso...
Sejam bem vindos e sintam-se à vontade para comentarem em quaisquer postagens.

Até,

Phill Bega

3 comentários:

  1. Boas novas! Nada melhor do que homenagear um grande conterrâneo em seu blog. O título é ótimo, e as ideias, textos, opiniões e tudo mais virão na medida certa.
    Abraço

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  2. Seja bem vindo grande Márcio...
    José Cândido de Carvalho é recomendado até pelo Jorge Mautner, não?

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  3. Bem vindo a Rede Blog de Cultura de Campos! Bom ver outros blogs surgindo com um viés cultural...

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